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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Nossa responsabilidade

Nossa responsabilidade

Por: Fernando Marin



 Como teólogo,  sou muitas vezes questionado  por aqueles que pensam que religião e política não devem se misturar, mas considero isso um grande engano, a partir do momento em que cabe à Teologia colaborar com o debate e com a leitura dos conflitos que surgem na sociedade, com consequências que envolvem a vida de todas as pessoas.

 Por isso, sempre procuro escrever sobre temas polêmicos, como a importância da participação na política , o aborto, a corrupção e outros que de alguma forma influenciam as nossas vidas, sempre colocando o que Deus revelou de Sua vontade sobre cada um deles.

 A revelação da vontade de Deus , o que chamamos de Verdade, está expressa na Bíblia, um livro onde encontramos um verdadeiro manual de vida, com orientações seguras para todas as situações com as quais nos defrontamos no cotidiano e como devemos nos colocar diante delas, fazendo a diferença e tornando a vida das pessoas melhor.

 O tema do momento é a grande – e parece que infindável – Operação Lava Jato, já na sua 40ª fase e sem previsão de quantas ainda virão, tal o tamanho da corrupção que envolve políticos e empresários no Brasil, corrupção essa que há muito tempo já era conhecida, mas só agora investigada a fundo e punida , não como gostaríamos, mas punida de forma a afastar os condenados da possibilidade de continuarem a se locupletarem com o dinheiro público.

 Claro que ainda há muito a se evoluir, afinal as nossas leis são brandas e cheias de brechas, onde os bons e caros advogados encontram saídas para amenizarem a punição aos culpados, ainda temos muito a caminhar nessa área.

 Mas, quem faz as leis no Brasil? Deputados e senadores, muitos deles envolvidos nos escândalos, investigados e réus em vários processos. Deputados e senadores eleitos pelo povo, alguns deles há décadas! E, por incrível que possa parecer, muitos desses voltarão a serem votados se conseguirem se candidatarem.

 Assim, dentro do processo democrático, onde cada cidadão pode exercer a sua escolha pelo voto, a responsabilidade pelos maus políticos eleitos pertence ao povo, e cabe a ele, apenas a ele, votar em pessoas que irão trabalhar em prol da sociedade, não as reelegendo caso isso não aconteça da forma esperada.

 O Brasil tem jeito, basta que participemos mais ativamente do processo político, nos informando melhor e exercendo os nossos direitos de forma mais atuante. Me preocupo quando vejo que a grande maioria das pessoas cobra atitudes das demais, mas eles próprios procuram não  saírem de sua zona de conforto, afinal “alguém tem que fazer alguma coisa”, não é?

 Termino deixando um texto bíblico adequado para a reflexão de todos. É o de 1 Timóteo, capítulo 6, versos 7 a 10, na versão NTLH:

“O que foi que trouxemos para o mundo? Nada! E o que é que vamos levar do mundo? Nada! Portanto, se temos comida e roupas, fiquemos contentes com isso. Porém os que querem ficar ricos caem em pecado, ao serem tentados, e ficam presos na armadilha de muitos desejos tolos, que fazem mal e levam as pessoas a se afundarem na desgraça e na destruição. Pois o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de sofrimentos.”


Fernando Marin

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