Aprendendo com a Tragédia
Por: Fernando Marin
O trágico acidente
que dizimou o time da Chapecoense e mais outras vidas com certeza nos
deixou um grande legado.
Há tempos não se
observava tamanha comoção, tristeza , solidariedade. Nos mostrou
que ainda podemos ter esperanças de um mundo mais ameno, com pessoas
mais amorosas, que se preocupam com os demais a ponto de abrirem mão
de sua própria vida pessoal e se entregarem a consolar aqueles que
precisam.
Creio que Deus
abertamente nos deu uma lição do que Ele espera de seu povo. Apesar
de observarmos nossas igrejas cada vez mais lotadas de gente não
vemos no cotidiano mudanças expressivas no comportamento das pessoas
em geral.
A cada ano as
estatísticas nos mostram um aumento significativo no número
daqueles que se dizem cristãos / evangélicos, porém não vemos no
comportamento da sociedade uma mudança de atitude , ou um decréscimo
da violência ou fatores que pudessem confirmar esses dados.
Onde será que
estamos falhando? No ensino da Palavra? No nosso exemplo de vida? Na
falta de oração?
Estamos formando
discípulos de Cristo ?
Ou estamos apenas
formando cristãos nominais, que frequentam assiduamente a igreja,
participam de todas as atividades, entregam seus dízimos
pontualmente, mas que não experimentam um encontro verdadeiro com
Jesus?
Tão bom seria se o
que assistimos com o desastre da Chapecoense pudesse acontecer
diariamente, quando milhares perdem as suas vidas, a maioria de forma
violenta pela criminalidade, acidentes, abuso no consumo de álcool e
drogas.
Infelizmente, parece
que nos acostumamos de tal forma à violência diária que nem
percebemos mais os estragos que ele tem trazido às nossas vidas e
guardamos todo o nosso sentimento cristão apenas para as grandes
tragédias.
Aprendamos com o que
assistimos, no Brasil , na Colômbia e em todo o mundo nos últimos
dias.
Que entendamos esse
'toque' que Deus nos deu nesse trágico evento e aprendamos com ele o que é efetivamente sermos cristãos de verdade.
Cristãos todos os
dias, nas tragédias diárias, que acontecem bem perto de cada um de
nós.
Fernando Marin
Nenhum comentário:
Postar um comentário